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01 julho 2011

UFRJ extingue vestibular e adota só Enem

A partir deste ano, ingresso na universidade será definido com base na nota do Exame Nacional do Ensino Médio

Instituição decidiu também ampliar de 20% para 30% as vagas reservadas a estudante vindo de escola pública 

ANTÔNIO GOIS
DO RIO 

A UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) decidiu acabar com seu exame próprio e aderir ao Sisu, sistema do MEC que seleciona alunos para vagas em instituições públicas por meio do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).
A mudança foi aprovada ontem pelo Conselho Universitário, que decidiu também ampliar de 20% para 30% o percentual de vagas reservadas para alunos da rede pública. As mudanças valem já para o próximo vestibular.
Outra novidade é que, além de estudar em escola pública, o aluno terá de provar que tem renda per capita familiar inferior a um salário mínimo para ser beneficiado pelo sistema de cota.
No ano passado, apenas a USP -que não utiliza o Enem e teve 133 mil inscritos- atraiu mais candidatos do que os 92 mil da UFRJ, que é a maior federal do país, com 38 mil alunos na graduação.
Além de economizar recursos, a reitoria diz que a adesão ao sistema torna o acesso mais democrático. Alunos carentes concluindo o ensino médio na rede pública são isentos da taxa de inscrição no Enem.
Agora, o estudante não precisará mais ficar preso a uma única escolha de curso. No vestibular tradicional da UFRJ, uma vez inscrito em medicina, por exemplo, o candidato tinha de manter esta opção até o fim.
O Sisu permite que o estudante, uma vez sabendo sua pontuação e a nota de corte do curso, mude de opção.
"Com mais universidades aderindo ao Sisu, o estudante, que fazia antes cinco vestibulares, participará de um único exame e terá mais opções de escolha de curso com a certeza de que será aproveitado", afirma o reitor da UFRJ, Aloísio Teixeira.

PROVA TRADICIONAL

O vestibular da UFRJ era o mais tradicional do Rio, e se caracterizava por não ter provas de múltipla escolha.
"Era, como a Unicamp, o melhor vestibular do país, pois fugia totalmente da decoreba", diz Rui Alves de Sá, diretor de ensino do curso e colégio Ph, no Rio.
No caso da ampliação da reserva de vagas e da inclusão de um critério de renda, Marcelo Paixão, membro do Conselho Universitário da UFRJ, diz que o objetivo foi garantir que os alunos beneficiados sejam aqueles que realmente precisam.
Outras federais já aderiram ao Enem como única nota para ingresso em vez do vestibular, como a de São Carlos, em São Paulo.
Em 2009, no entanto, problemas com o vazamento do exame fizeram com que as matrículas em algumas universidades fossem adiadas.

Por Prof. Rosamaria

27 junho 2011

Posts em redes sociais viram provas

Folha de São Paulo - Caderno Cotidiano - Dia 25.06.11

Posts em redes sociais viram provas na Justiça

Advogados recorrem a imagens e informações postadas pela outra parte

Empresário anexou ao seu processo foto da ex-mulher chegando de estação de esqui; tema já tem jurisprudência

Eduardo Anizelli/Folhapress

Beatriz Auriemo, cuja foto no Facebook foi usada em ação judicial pelo ex de uma amiga

ELIANE TRINDADE
DE SÃO PAULO

Entre os 23,3 mil seguidores do Twitter do empresário Wagner Ribeiro, agente do jogador Neymar, do Santos, estão torcedores, jornalistas interessados em futebol e advogados.
Além de tratar de temas como a negociação de estrelas como Kaká e Robinho, os tweets de Ribeiro viraram peça de um rumoroso e litigioso processo de separação.
Imagens e informações postadas em redes sociais, como Twitter, Facebook e Orkut, estão se transformando em armas nos tribunais.
O caso de Wagner Ribeiro, 52, e sua ex-mulher Patrícia Toledo, 52, é exemplar desses novos tempos.
O duelo judicial do ex-casal passa pelas inconfidências e desabafos tornados públicos nas respectivas páginas na internet.
A ação corre em segredo de Justiça, mas, no meio, é sabido que imagens do estilo de vida glamouroso do empresário foram tiradas de redes sociais e anexadas ao processo para justificar o pedido de pensão milionária e definir a partilha de bens.
Ribeiro, por sua vez, valeu-se do mesmo expediente para mostrar que a ex-mulher já vive muito bem.
"Ela colocou no Facebook uma foto dela, ao lado de 16 malas Louis Vuitton, chegando de uma viagem a Aspen, onde foi esquiar", relata o empresário.
"Isso demonstra que ela tem rendimentos altos e ostenta." Tudo foi devidamente anexado ao processo.

CONTRA OU A FAVOR
"Costumo informar aos meus clientes que os seus perfis no Facebook ou no Orkut podem ser usados contra ou a favor nos tribunais", diz Gladys Maluf Chamma, advogada de Ribeiro.
"Todo mundo está exposto e não percebe o riscos."
Procurada pela Folha, a advogada Cláudia Stein, que representa a ex-mulher de Ribeiro, informou que sua cliente não se manifestaria.
"As pessoas estão produzindo provas contra si mesmas sem se dar conta", constata o desembargador Paulo Dimas, presidente da Associação dos Magistrados do Estado de São Paulo.
Segundo o desembargador, já existe uma consistente jurisprudência que leva em conta imagens e posts de redes sociais pelo menos como início de prova em processos cíveis e criminais.
Estagiária em um escritório de advocacia, Beatriz Auriemo, 26, tomou uma aula prática dos perigos da superexposição no Facebook.
"Postei no meu perfil uma foto de uma cliente, que é minha amiga, em uma festa de confraternização e fomos surpreendidas com o uso da imagem como prova de que ela trabalhava em nosso escritório", relata a estudante.
Para não pagar pensão, o ex-marido da amiga queria demonstrar que ela tinha uma fonte de renda.
"Jamais pensei que meu perfil pudesse ser usado contra mim ou meus amigos e ainda mais como falsa prova", afirma Beatriz.
A estudante não faz ideia de como a foto foi parar nas mãos do advogado da outra parte. Ela tem cerca de mil amigos no Facebook.
"Passei a ser mais rigorosa na hora de aceitar amigos e também de postar fotos e comentários", conta.